APRESENTAÇÃO

DO ACERVO

A Associação Comercial do Rio de Janeiro, instituição bicentenária, fundada em 15 de julho de 1809, possui a coleção impressa do Jornal do Commercio a partir do seu primeiro exemplar, publicado em 01 de outubro de 1827 até o último exemplar de 29 de abril de 2016, apesar de a coleção ter alguns recortes temporais, é uma das mais completas do Brasil, segundo relatos de pesquisadores e historiadores que consultaram a obra ao longo dos anos. 

Eram colaboradores do Jornal durante um período, entre outros, Justiniano José da Rocha, José Maria da Silva Paranhos, o visconde do Rio Branco, Carlos de Laet, Francisco Octaviano, José de Alencar, Homem de Mello, Joaquim Nabuco e Guerra Junqueiro, entre outros intelectuais. Pedro II escrevia sob pseudônimo no jornal e influía em seus editoriais, a ponto de um destes ter causado a queda do Ministério.

Com seus colaboradores de nível tão alto, o jornal desempenhou o papel de precursor da Academia Brasileira de Letras, cuja fundação somente ocorreria a 20 de julho de 1897, tendo como seu primeiro presidente o escritor Machado de Assis.

Parte das grandes conquistas e mudanças que ocorreram na ACRJ foi registrada e publicada ao longo dos anos no Jornal.

O Jornal do Commercio foi o mais antigo veículo em circulação ininterrupta na América Latina. A primeira edição do jornal foi criada pelo francês Pierre Plancher, em 1o de outubro de 1827 e deixou de ser publicado em 29 de abril de 2016. Circulou durante 188 anos, acompanhou e divulgou as grandes transformações ocorridas na ACRJ, no Brasil e no Mundo.

DA JUSTIFICATIVA

O Acervo do Jornal do Commercio foi ao longo dos anos uma das fontes mais consultadas na Biblioteca da Associação Comercial do Rio de Janeiro. A partir de 2017, foi adotada uma política de restrição às consultas, como forma de preservar alguns exemplares em estado maior de fragilidade, decorrente da idade do documento. Almeja-se o apoio técnico e financeiro ao cumprimento do projeto de digitalização da Coleção do Jornal do Commercio.

A sala onde está acondicionada a coleção dispõe de um aparelho de ar condicionado, que era ligado diariamente e desligado ao final do expediente. Após a visita de um pesquisador e especialista em preservação de documentos, foi salientado que a ação de ligar e desligar o ar-condicionado diariamente causa um efeito de “estufamento” nas folhas dos jornais, o que acelera a sua degradação. A sala também conta com um aparelho desumidificador para retirar a umidade do ar, mas também precisa ser desligado diariamente.

A falta de refrigeração constante e um aparelho desumidificador que precisa ser desligado todos os dias para não por em risco a segurança elétrica do ambiente, são fatores que contribuem para a deterioração do acervo.

DO PROJETO PILOTO

Durante os últimos anos a ACRJ buscou por soluções possíveis de serem executadas, fazendo uso dos melhores recursos tecnológicos ao seu alcance com objetivo de preservar o acervo físico e difundir ao máximo o seu conteúdo.  O Projeto Piloto apresentado neste sítio é fruto do entendimento e do esforço da ACRJ e dos seus parceiros, Google e DYART.  O pioneirismo desta ação se concentra na forma como o acervo digital poderá ser acessado. O uso de tecnologia de última geração, IA generativa e apps interativos que realçam os conteúdos mais relevantes, postos em ordem cronológica.

Uma descrição mais detalhada do Projeto Piloto pode ser vista na aba  Descrição do Projeto.